Nacional

Ana Lúcia Matos diz que não percebe de impostos e acusa o marido de prática de crimes

4 Dezembro, 2022

Ana Lúcia Matos e o marido, Max Cardoso, são dois dos 14 arguidos detidos na operação Admiral, que em Portugal defraudou 300 milhões de euros.

Ana Lúcia Matos e o marido, Max Cardoso, são dois dos 14 arguidos detidos, no dia 29 de novembro, na operação Admiral, que em Portugal defraudou 300 milhões de euros. A apresentadora saiu em liberdade esta sexta-feira, 2 de dezembro, e já foi ouvida pelo tribunal.

Segundo uma publicação diária, Ana Lúcia Matos emocionou-se durante o depoimento e terá negado estar envolvida em qualquer esquema de fraude fiscal, garantindo que não percebe nada de impostos e que nunca suspeitou da origem dos valores avultados, uma vez que o marido lhe dizia que fazia investimentos de risco. Ainda assim, reconheceu que o dinheiro poderia advir de crimes praticados pelo companheiro, avançou o Correio da Manhã.

Além disso, Ana Lúcia Matos, que invocou ao juiz o facto de ser  mãe de dois filhos – uma menina com três anos e um outro de 22 meses – confessou que Max tentava fugir ao máximo ao fisco, argumentado que ele tinha residência em França e que não queria liquidar impostos em Portugal.  Mais, a apresentadora referiu ainda que o marido tinha várias contas bancárias no estrangeiro, como por exemplo, no Dubai, e que tinha conhecimento que este já tinha sido condenado por fraude em França.

Marido de Ana Lúcia Matos tinha duas identidades

A megaoperação que desmantelou aquela que é a maior fraude fiscal de sempre na europa e que era realizada através de negócios de vendas de telemóveis online apurou que o empresário luso-francês teria duas identidades, em que uma delas era falsa, dois passaportes e dois números de contribuinte. De acordo com o Correio da Manhã, nem a mansão de luxo, nem o Porsche do casal estavam em nome de Max Cardoso.

Segundo a mesma fonte, o empresário, que ainda continua preso e que tem sido apontado como um dos cabecilhas da rede de fraude fiscal, recusou-se a prestar declarações. Este último terá apenas dito que estava desempregado desde junho deste ano e que apenas trabalhou numa loja de roupa em França, cujo ordenado seria de 1300€ por mês. As medidas de coação serão conhecidas na terça-feira às 11 horas, e todos os arguidos vão ter de marcar presença em tribunal.

Texto: Carolina Sousa; Fotos: Redes Sociais

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