Nesta altura, o submergível Titan, propriedade da empresa Oceangate tem menos de 24 horas de oxigénio disponíveis. As buscas continuam existem diversas explicações para as dificuldades em torno da operação de resgate, que começaram no passado dia 19 de junho, após o desaparecimento da embarcação que estava a realizar uma expedição aos destroços do Titanic. Segundo uma publicação da National Geograhpic há uma série de dificuldades que poderão inviabilizar qualquer resgate. Entre eles estão a possibilidade de o Titan se ter afastado do local, a profundidade do oceano na zona e as 96 horas de oxigénio do submergível.
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Mas há mais. Ao contrário de um submarino, o Titan está dependente de um navio de apoio, tanto para descer como para submergir. As comunicações entre os tripulantes e a superfície também são impossíveis. Devido às particularidades físicas da água e à profundidade, as comunicações por satélite e GPS não funcionam. Segundo a publicação, só é possível a troca de mensagens se o Titan estiver no raio de alcance e numa posição correta. Na hipótese de encontrarem a localização do aparelho e este estiver no fundo do oceano, há poucas embarcações capazes de o alcançar, para trazer à superfície.
Adversidades para este salvamento não se esgotam debaixo de água
Ao contrário de um submarino, o submergível Titan não tem escotilha e só pode ser aberto à superfície, pelo que transferi-los para um outro submarino, dentro de água, é impossível. Mas as adversidades para este salvamento não se esgotam debaixo de água. Há a possibilidade remota de o Titan ter sumergido e estar a flutuar à superfície. Ainda assim existem dois grandes problemas. O primeiro está relacionado com as dimensões do Titan. Que é do tamanho de um veículo SUV, o que dificulta a sua localização no oceano. O segundo ponto é que, mesmo à tona, as horas para a falta de oxigénio continuam a contar. Uma vez que o Titan é estanque e não abre por dentro.
O Titan é pilotado por um comando de jogo para a PlayStation
O relógio continua a contar para os cinco tripulantes do Titan, um submergível pilotado por um comando de jogo para a PlayStation. A última comunicação com a superfície foi feita 100 minutos depois de ter começado a descida para visitar o Titanic. O navio, que naufragou a 14 de abril de 1912, encontra-se a 3843 metros de profundidade. Num ambiente escuro e verdadeiramente hostil. Com uma pressão 400 vezes superior à da superfície e uma temperatura de um grau.
O atlântico norte encerra algumas das maiores tragédias marítimas com embarcações deste tipo. No ano 2000, o submarino russo Kursk afundou durante um exercício, matando todos os 118 marinheiros a bordo. Mas há também esperança. Em 1973, duas pessoas foram resgatadas com vida de um submergível ao largo da Irlanda, quando restavam apenas 12 minutos de oxigénio.
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