Em conversa com Gaspar, Lukenia mostra-se cada vez mais exaltada. “A palavra de um manhoso que se fez de morto para me roubar. A mim e ao meu filho! A palavra de…”, mas ele interrompe-a. “Podes ouvir-me, por favor? Eu passo-te os documentos que quiseres e assino o que tu quiseres. Só me interessa que a Eva fique livre da ameaça”, afiança. Ela dá uma risada nervosa. “A tua filha”, lembra-o. “Sim, a minha filha. O que é que tu ganhas em manter a ameaça?”, pergunta-lhe ele. Numa conversa com Gaspar, Lukenia exalta-se. “Tu não percebes nada, pois não? Eu perdi o meu filho por causa dessa miúda! Eu posso passar vinte anos na cadeia, mas a Eva nunca vai ficar com o Talu!”, avisa ela que cambaleia, leva a mão à cabeça e começa a falar de forma desconexa, com uma voz arrastada e palavras fragmentadas. “No dia… Eva se aproximar do Talu… ela… Vai presa.“ A voz falha e ela respira fundo, tentando recompor-se, mas o discurso torna-se mais confuso. “Tua filha… a tua filha… com essa mulher… nunca… nunca vai ser feliz!”. Gaspar nota que algo não está bem. “O que é que tu tens?”, pergunta. Os olhos reviram e ela tenta continuar, mas a voz é quase um sussurro desesperado. “Tu… Também não…”, começa por dizer ao levantar um dedo acusador, mas o corpo cede e ela desaba no chão, sofrendo um AVC.
Na Maria já em banca conheça o desenvolvimento desta história de A Fazenda.
Siga a Revista Maria no Instagram