Toda a vida as meninas brincaram com bonecas. E se no século passado muitas deliravam com os nenucos, por se assemelharem a um bebé, hoje, devido a técnicas mais apuradas, estes objetos parecem mesmo reais. Os bebés reborn, que nos anos 1990 já faziam furor nos EUA, só mais tarde ganharam popularidade em todo o Mundo devido às redes sociais e, em particular no TikTok. Estes bonecos artesanais, feitos em silicone ou vinil, têm o mesmo peso de um recém-nascido, cabelo verdadeiro, pestanas, pregas e refegos e além de fazerem as delícias de colecionadores e crianças estão a ser tratados por algumas mulheres como verdadeiros filhos. Em diversas regiões do Brasil, onde este fenómeno ganha maior expressão, existem “maternidades” que simulam o nascimento destes bonecos, que estão envoltos numa bolha de água para imitar a placenta, algumas pessoas levam-nos para a creche ou tentam ter prioridade nas filas de supermercado. Um comportamento perturbador por ultrapassar o limite do que é saudável e que levou a Câmara dos Deputados do Brasil a implementar medidas, exemplo de restrição do atendimento médico aos bebés reborn em instituições públicas e privadas. Em Portugal, esta realidade ainda está bem distante. Mas o que leva algumas pessoas a cuidarem destes bonecos como se de seres humanos se tratassem? Falámos com a psicóloga Isa Silvestre que nos deixa alguns alertas.
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