Em janeiro, Ivo Lucas foi condenado a dois anos e quatro meses de pena suspensa pela morte da namorada Sara Carreira – por homicídio negligente na forma grosseira. O músico fica ainda inibido de conduzir durante um ano. O advogado do ator afirmou, à saída do tribunal, que iriam recorrer.
Agora, o Tribunal da Relação de Évora recebeu o recurso do processo por parte da defesa Ivo Lucas. O Correio da Manhã adianta que o advogado não poupou o Tribunal de Santarém e pediu a repetição do julgamento, caso a absolvição do seu cliente não seja dada. Rodrigue Devillet Lima aponta falhas e “incongruências” na sentença. O mesmo jornal explica ainda que que o objetivo desta intervenção é a absolvição, mas caso não seja dada pelos juízes desembargadores, que pede o reenvio do processo para novo julgamento.
“O tribunal confunde medições descritivas com as condições reais de visibilidade”
A defesa refere que Ivo Lucas conduzia entre 116 e 120 km/h no momento do acidente, ao contrário do que foi provado em tribunal que avançou que o ator circulava em excesso de velocidade ao seguir numa velocidade entre os 131 e os 139 km/h. “O tribunal confunde medições descritivas com as condições reais de visibilidade que se verificaram no dia do acidente. Resulta claro da sentença que a alegada visibilidade de 400 metros é nos oferecida através de recolha de imagens do Google Earth e linhas traçadas a régua e esquadro no conforto do gabinete do perito, bem como visitas ao local dos acidentes durante o dia”, lê-se.
No recurso, o advogado aponta que houve uma “hipervalorização da colisão da viatura conduzida por Ivo Lucas na de Cristina [Branco]” e uma “substancial desvalorização do terceiro embate causado pelo arguido Tiago Pacheco, que circulava a pelo menos 146 km/h”. O advogado de Ivo Lucas questiona se a causa de morte da filha de Tony Carreira foi o embate no carro da fadista ou se foi após o carro de Tiago Pacheco ter embatido contra o veículo da vítima, destacando que após a colisão Ivo Lucas e a namorada ficaram sem airbags. “A autópsia faz uma descrição exaustiva das lesões, mas não revela uma ordem cronológica das mesmas (…). É possível descortinar quais as lesões sofridas, mas não se as mesmas ocorreram na sequência do segundo ou terceiro embate”.
Texto: Joana Dantas Rebelo Fotos: redes sociais
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